Associação dos Amigos de Alto dos Pinheiros.

Programa de segurança cresce, mas está em menos de 20% das ruas do bairro

Para quem mora em bairros residenciais, em São Paulo, segurança é sempre uma preocupação. Basta percorrer Alto dos Pinheiros: muros altos, cercas elétricas, câmeras, alarmes, cães bravos, guaritas. Muitos moradores investem bastante para reforçar a proteção de casa. Mas ainda se dá pouca atenção a uma medida relativamente simples, muito barata: os grupos de Vizinhança Solidária, um programa criado pela Polícia Militar para estreitar as relações entre a corporação e a comunidade e discutir medidas de melhoria nas rondas.

A área de abrangência da SAAP conta com 138 ruas e avenidas, mas temos no bairro apenas 27 delas representadas no programa da PM – menos de 20%. Como algumas vias são longas e contam com mais de um representante, pode-se dizer que a porcentagem de adesão à iniciativa é ainda menor.

Em novembro, os moradores terão oportunidade de conhecer mais de perto como o projeto funciona em Alto dos Pinheiros. No dia 18, às 19h30, haverá uma reunião presencial do Vizinhança Solidária – a primeira desde o início da pandemia – no auditório do Colégio Santa Cruz. O capitão Bruno Pettinato, comandante do braço da PM responsável pelo bairro (1ª Companhia do 23º Batalhão) vai falar sobre o programa. Os representantes (chamados de tutores) vão participar.

Como funciona o Vizinhança Solidária?

O programa baseia-se principalmente em dois pilares: comunicações periódicas entre os vizinhos e contato regular do representante da rua (tutor) com a PM. É uma forma de os moradores debaterem e trocarem informações sobre segurança e repassá-las à polícia. Assim, os dois lados ajudam a aperfeiçoar a vigilância.

O que é preciso fazer para implantar o programa?

Temos uma página específica em nosso site com o passo a passo. Basicamente, é preciso convidar as pessoas, fazer reuniões e comunicações frequentes (mesmo que virtualmente), escolher uma plataforma de troca de mensagens, eleger um tutor, cadastrar o grupo junto à PM e usar uma placa de identificação das residências.

Claro, não é um programa capaz de solucionar uma questão tão complexa como a segurança pública. Mas representa um esforço no sentido que nos parece essencial: tratar o problema coletivamente e com foco na prevenção.