Projeto social com mais de 5 décadas faz enxoval para bebês; saiba como apoiar
Possivelmente é o projeto social mais antigo do bairro, mas mesmo assim novos apoios são bem-vindos. Desde 1965 o Costura Beneficente Clube Alto dos Pinheiros confecciona enxovais para recém-nascidos de comunidades vulneráveis de São Paulo, com a participação de moradoras da nossa região –atualmente são cerca de 50, a maioria com mais de 80 anos. Em 2021, elas beneficiaram 428 famílias.
Uma das coordenadoras hoje é a “caçula” das voluntárias: Cris Hesketh, de 59 anos. Ela conta que o iniciativa foi concebida por um grupo de mulheres liderado por Maria Thereza Camargo Leopoldo e Silva. Dona Therezinha, como era mais conhecida, desejava criar um projeto social no clube. Quando o marido se tornou diretor cultural da instituição, o sonho pôde se concretizar. Desde então, uma vez por semana o AP disponibiliza a sala de carteado para as voluntárias costurarem.
“A produção é toda artesanal. Temos uma costureira contratada que faz as tarefas mais ‘pesadas’: corta os tecidos, usa a máquina. As voluntárias entram com o acabamento: colocam elástico, botão, fazem crochê”, explica Cris Hesketh.
Além da ajuda às famílias que recebem os enxovais, ela destaca outro lado do projeto: os benefícios às próprias voluntárias. “Funciona como uma verdadeira terapia de grupo. São aposentadas que acabam encontrando as amigas e ocupando seu tempo livre com algo que leva o bem a quem mais precisa.”
Os enxovais são compostos de 33 peças – entre cobertor, toalhas de banho e de boca, camisas de flanela e algodão, calças, casaquinhos, sapatinhos, gorro e babadores. Destinam-se a oito diferentes instituições de várias partes da cidade. Porém, com a pandemia, as entregas foram restringidas a Heliópolis e Parelheiros. A crise sanitária também suspendeu os encontros presenciais das voluntárias. Cada uma passou a costurar de sua casa.
“Neste momento, a prioridade é a saúde. Então demos preferência a essas duas comunidades por questões logísticas. Mas nossa intenção é retomar tanto a produção presencial quanto a lista anterior de entidades beneficiadas quando a pandemia terminar”, afirma Cris Hesketh.
Como ajudar?
Ela diz que há sempre espaço para novos interessados em contribuir, independentemente da idade e do gênero. Quem não sabe costurar também pode colaborar, fazendo depósito (veja informações bancárias abaixo) ou doando materiais como tecidos de algodão, malha, flanela, atoalhado e soft, novelos de lã e linhas para crochê e costura.
Para mais informações, contatar Cris (99984-8942) ou Arlete (99194-5030).
Dados bancários
Banco Itaú
Agência 0300
Conta Corrente 37019-4
Arlene Paes Dias / Elisabete P S R Alves