Região começa a receber semáforos novos, para reduzir congestionamentos
Você talvez já tenha notado: as avenidas mais movimentadas de Alto dos Pinheiros, como a Pedroso de Morais, estão com semáforos novos, de borda amarela. O design diferente é só um detalhe: o que importa é que eles têm um funcionamento moderno. O tempo em que ficam abertos ou fechados varia com a demanda, segundo a quantidade de carros presentes a cada momento nos dois lados de um cruzamento.
Por isso, a Prefeitura tem chamado esses dispositivos de “semáforos inteligentes”. Eles são dotados de câmeras que captam a quantidade de veículos nas vias de um cruzamento. Em tempo real, um sistema transforma as imagens em dados, que são lidos por um algoritmo. A duração do verde e do vermelho é determinada por essa leitura: quanto mais carros, mais tempo a luz fica verde; quando a situação começa a se inverter, o semáforo abre para a via mais ocupada.
A CET estabelece um tempo mínimo e máximo, e operadores da agência podem interferir remotamente se houver necessidade. A duração da travessia de pedestres não muda, para garantir a segurança.
Os novos aparelhos podem ser programados por áreas – o que significa que os semáforos de uma mesma avenida podem “conversar” entre si para formar uma “onda verde” (ou seja, uma sequência de sinais abertos).
Trata-se, portanto, de um sistema mais moderno do que o dos equipamentos convencionais — que também são programáveis, mas de acordo com uma tabela de horários fixa (hora e dia da semana). À noite e aos domingos, por exemplo, o intervalo do verde e do vermelho é menor, em razão do fluxo menos intenso de veículos. O contrário ocorre durante a semana, nos horários de pico.
Em entrevista à TV Globo, Mauricio Nastari, gerente de iluminação da Regula SP, disse que o impacto no trânsito será significativo quando mais cruzamentos estiverem com os novos aparelhos – serão renovados 2.586 nos próximos três anos na zona de rodízio de São Paulo. A previsão é de que haja uma melhoria de 20% na circulação de veículos.