Reunião com proprietários discute como filmagens podem incomodar o mínimo possível
Como um bairro com residências bonitas, grandes e de jardins bem cuidados, Alto dos Pinheiros frequentemente é procurado por produtoras de vídeo — em geral, para gravarem comerciais para TV ou redes sociais. A locação dos imóveis é uma fonte de renda para os proprietários, mas às vezes de dor de cabeça para os vizinhos.
Desde 2013 a SAAP tem buscado conciliar os dois lados. Neste ano, vamos organizar com a Spcine uma série de reuniões para avançar no assunto. “Sabemos que a produção audiovisual gera renda para alguns moradores e empregos para várias pessoas. Mas gera também problemas. Estamos tentando fazer com que o incômodo seja o menor possível”, afirma a presidente da SAAP, Maria Helena Osório Bueno.
A primeira reunião, ocorrida na semana passada, foi com proprietários das residências onde mais há filmagens no bairro (algumas 14 vezes em um ano, outras 12 ou 10). A equipe da Spcine apresentou alguns aspectos do Manual de Filmagens em São Paulo e da legislação municipal – segundo a qual os proprietários dos imóveis alugados para trabalhos audiovisuais também são responsáveis por problemas relacionados ao serviço de filmagens. Nesse sentido, esses proprietários também devem acionar a SAAP caso notem algum procedimento irregular.
Hoje, é comum que os vizinhos incomodados reclamem à associação sobre, por exemplo, o barulho no carregamento e descarregamento de equipamentos, sobre veículos estacionados em local proibido, sobre desrespeito aos limites de horário (das 7h às 22h) e sobre obstrução da calçada por cabos.
Agora, a ideia é que também os proprietários avisem quando se depararem com cenas desse tipo. “A SAAP fica responsável por acionar a Spcine, que enviaria um fiscal ao local”, diz Maria Helena.
Nossa expectativa é que, com a colaboração dos proprietários, os problemas diminuam. Seja como for, deve haver uma reunião em breve com outro polo do setor: as produtoras que mais gravam em Alto dos Pinheiros.