Roubo com refém no bairro vai parar na TV, mas mostra importância do Vizinhança Solidária
Na madrugada do último sábado (5 de fevereiro), uma quadrilha entrou numa casa de Alto dos Pinheiros e fez de refém o casal de moradores, ambos com mais de 60 anos. Os ladrões, dois do lado de fora da residência e três do lado de dentro, estavam armados com pistolas e revólveres. A Polícia Militar foi acionada a tempo e agiu de modo exemplar: após duas horas de negociação, não houve vítimas de nenhum dos lados, os criminosos foram presos e os valores que estavam sendo roubados foram recuperados.
Se o desfecho foi positivo, muito se deve ao programa Vizinhança Solidária – a casa dos moradores e as do entorno fazem parte dessa iniciativa que estimula a criação de redes de vigilância para que as pessoas alertem umas às outras em caso de atividades suspeitas. O programa não faz milagres, mas pode evitar o pior, como mostrou o caso do fim de semana, que recebeu muita atenção das TVs.
Um dos pontos fortes da iniciativa, criada pela Polícia Militar e apoiada desde os primórdios pela SAAP, é estimular a participação dos vizinhos, o relacionamento mais estreito entre os moradores de uma mesma área. No sábado, a PM foi chamada rapidamente porque um vizinho ouviu barulhos na casa que estava sendo assaltada, foi checar a câmera que mostra imagens da calçada e percebeu que havia um roubo em andamento. Isso só foi possível porque o vizinho conhecia minimamente os hábitos do casal, e portanto estranhou os barulhos que começaram por volta das 5h.
“O programa estimula as pessoas a participarem, a se conhecerem, a se falarem por grupos de WhatsApp”, afirma Maria Helena Osório Bueno, conselheira da SAAP. Nos grupos, um avisa o outro quando vai viajar e deixar a casa vazia, por exemplo, ou comunica os demais se viu pelas câmeras alguma atitude suspeita.
O espírito do Vizinhança Solidária é este: incentivar pequenas ações, que não exigem grandes mudanças de hábito, mas diminuem aqueles pequenos riscos que podem se transformar em grandes ameaças. Ainda não criou um grupo de Vizinhança Solidária na sua rua? Siga esse passo a passo elaborado pela SAAP e contribua para um Alto dos Pinheiros mais seguro.