Sala da PM une imagens de câmeras da região para reforçar policiamento
O 23º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M), responsável pelo policiamento de Alto dos Pinheiros e de regiões vizinhas, inaugurou uma Sala de Operações com imagens de câmeras compartilhadas por organizações da sociedade civil. Já são centenas de equipamentos em tempo real interligados ao sistema da PM – as imagens das 40 câmeras da SAAP, por exemplo, estão disponíveis.
A Sala de Operações abrange Pinheiros, Alto de Pinheiros, Jardins, Vila Madalena, Vila Beatriz e Parque Continental. A expectativa é chegar a ter 5 mil equipamentos da região vinculados à Sala. “É um acordo muito importante, e que teve como pioneira a SAAP, a primeira associação de moradores a compartilhar integralmente as imagens de suas câmeras com a PM”, comenta o comandante do 23º Batalhão, tenente-coronel Marcos Daniel Fernandes.
Entenda como funciona.
O que é a Sala de Operações do 23º BPM/M?
É um espaço com videowall (uma série de monitores conectados fisicamente, de modo a formar uma grande tela) que mostra, em tempo real, imagens de câmeras da região pela qual o batalhão é responsável. Trata-se apenas de imagens de vias públicas (ruas, avenidas, calçadas, praças…), não do interior dos imóveis.
Como a PM usa as imagens?
“As imagens são fundamentais para podermos fazer videopatrulhamento da região”, diz o comandante. O trabalho é semelhante ao patrulhamento tradicional – e um complemento a ele. A partir de históricos de indicadores criminais e de boletins de ocorrência analisados pela Sala de Operações, a equipe cria uma jornada com horários e locais a serem observados. O objetivo é identificar pessoas em atitudes suspeitas ou localizar criminosos cuja forma de atuação foi descrita nos históricos de ocorrências. Não se trata, portanto, de um monitoramento constante, como o feito por vigias de prédios ou algumas empresas de segurança.
O patrulhamento por vídeo substitui o patrulhamento presencial?
Não. As rondas e os atendimentos de ocorrências continuam a ocorrer normalmente. A própria PM recomenda que as pessoas, notando situações potencialmente perigosas, liguem para o 190. “O morador é quem melhor conhece a rotina, quem sabe o que é ou não normal acontecer em sua rua. É importante que continue avisando pelo 190 se identificar uma atitude suspeita”, afirma o tenente-coronel Daniel.
As câmeras, destaca ele, são um complemento. A observação das imagens pode gerar novos alertas: se a Sala de Operações detectar atitudes suspeitas, pede para uma viatura ir ao local conferir.
De quem são as câmeras ligadas à Sala de Operações?
De organizações da sociedade civil, como a SAAP, que mantém e monitora 40 equipamentos em pontos-chave de Alto dos Pinheiros. As da SAAP são do tipo que emite uma alerta à central da PM sempre que detecta algo suspeito ou identifica placas de veículos roubados, por exemplo. Mas nem todas que espelham imagens para a Sala de Operações são assim. Todo morador que tiver uma câmera conectada à internet e voltada a vias públicas (ruas, avenidas, calçadas, praças…) pode compartilhar as imagens com a PM.
Gostaria de compartilhar as imagens da minha câmera com a PM. O que preciso fazer?
É preciso entrar em contato com a área de telemática do 23º Batalhão, que vai avaliar a possibilidade e dar as instruções necessárias. O comandante Daniel salienta, porém, que isso não significa que a PM vai dar atenção especial à via pública em frente à sua casa: como dito acima, a função da Sala de Operações não é fazer monitoramento, mas patrulhamento por vídeo. “Não vendemos câmeras, nem qualquer outro produto ou serviço. Também não indicamos nenhuma empresa”, frisa o tenente-coronel.