16 de agosto de 2022

Censo 2022: saiba como identificar o recenseador e prevenir-se contra fraudes

Os recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já estão indo às ruas para o Censo 2022, maior pesquisa feita no país, um levantamento de dados sociais, econômicos e demográficos. Até outubro, eles baterão de casa em casa, de apartamento em apartamento, entrevistando um morador de cada domicílio – inclusive em edifícios e condomínios fechados.

Feito desde 1872 (e a cada dez anos desde 1940), o Censo era para ter sido realizado há dois anos, mas foi adiado em 2020 devido à pandemia de covid-19 e em 2021 devido a cortes no orçamento. Como envolve ida a todas as residências, o processo costuma despertar preocupação entre alguns moradores.

Como saber se quem se apresenta como recenseador não é um ladrão?

Os profissionais a serviço do IBGE usam um uniforme do Censo: colete, boné e bolsa azuis, com logomarca do instituto, um crachá de identificação e um computador de mão, também azul (dispositivo móvel de coleta, parecido com um celular). No crachá constam o número de matrícula, o nome e o número de identidade do recenseador – além de uma foto de rosto. Há ainda um QR Code, que leva a um endereço de confirmação da identidade.

Se preferir, o morador pode digitar diretamente o endereço: https://respondendo.ibge.gov.br/entrevistador.html. Outra opção é ligar para o 0800-721-8181 e passar os dados do crachá.

E se não houver ninguém em casa?

Os recenseadores passarão em diferentes dias e horários, incluindo finais de semana e feriados, até encontrar algum residente.

Preciso responder presencialmente ou posso fazer de outro modo?

É possível fazer por telefone ou pela internet – porém, só após a visita do recenseador ao domicílio. Ele entregará um e-ticket com validade de sete dias, que permitirá que o questionário seja respondido no site do IBGE ou pelo telefone 0800-721-8181. Se não houver resposta nesse prazo, o domicílio será visitado novamente.

O que o IBGE pergunta?

Há dois tipos de questionário: o básico e o completo (amostra). O primeiro tem 26 perguntas e inclui temas como sexo, idade, cor/raça, características do domicílio (se tem água encanada, por exemplo), alfabetização e faixa de renda. O segundo, aplicado para apenas 10% dos entrevistados, tem 77 questões: ele traz todas as do formulário anterior, detalha informações sobre rendimento e escolaridade e inclui tópicos como religião, migração, deficiência e composição do núcleo familiar.

Quanto tempo demora para responder às perguntas?

No modelo básico, cerca de 5 minutos; no completo, cerca de 20. Nem o entrevistado nem o recenseador escolhem o tipo de questionário: isso é feito aleatoriamente pelo computador de mão.

Minha casa pode ser visitada mais de uma vez?

Sim. Alguns domicílios, selecionados aleatoriamente, recebem visita de um supervisor de área, para ele verificar se o recenseador aplicou o questionário corretamente e checar algumas respostas. Numa outra etapa, para checagem final, poderá haver nova visita.

Devo ter receio de compartilhar informações?

Não. Por lei, todos os dados coletados são confidenciais, protegidos por sigilo. São usados exclusivamente para fins estatísticos.

E se eu não quiser responder às questões?

Respostas fidedignas ao Censo são essenciais para o Brasil se conhecer melhor e para aprimorar políticas públicas em inúmeras áreas. Por isso, a colaboração de todos é fundamental. De qualquer modo, a participação é uma obrigação prevista em lei.