Associação dos Amigos de Alto dos Pinheiros.

Um dos muitos problemas de uma calamidade é que aquilo que vem depois acaba parecendo desimportante. Está acontecendo exatamente isso agora, com os casos de dengue na cidade de São Paulo — e também em Alto dos Pinheiros.

No ano passado, essa doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti foi especialmente devastadora em vários lugares do Brasil, nossa cidade e nossa região entre eles. Em 2025, a situação está menos grave, mas, em comparação a anos anteriores, permanece fora de controle.

Vamos aos números: Alto dos Pinheiros registrou, até o fim de abril, 321 casos de dengue, como mostra o mais recente Boletim Epidemiológico da Coordenadoria de Vigilância em Saúde. É menos da metade do que havia sido registrado nos primeiros quatro meses de 2024 (793 casos) — mas é maior do que a quantidade registradas nos anos anteriores, com todos os meses somados, como mostra o gráfico abaixo.


Com exceção de 2024, um ano em que o alcance da dengue era grave contava com um pouco mais de 100 casos ao longo de 12 meses em Alto dos Pinheiros. A calamidade de 2024 e o nível ainda muito alto de casos de 2025 mostra que mudamos de patamar.

Por isso, é fundamental cobrarmos ações do poder público — o que a SAAP tem feito — e tomarmos medidas para evitar a proliferação do mosquito. Já destacamos isso em outros textos, mas convém sempre repetir:

  • Piscina: faça a limpeza regularmente, com uso de cloro ou produto similar. Cubra-a sempre que não estiver usando.
  • Caixas d’água: certifique-se de que estão limpas e bem fechadas.
  • Calha: limpe-a regularmente. Se ainda não limpou depois do verão, aproveite para fazer isso agora que as chuvas deram trégua.
  • Vasos: evite colocar pratos embaixo de vasos de planta.
  • Áreas externas: cuidado com água empossada em objetos que fiquem expostos ao tempo (sacos de lixo, brinquedos, tampinhas de garrafa e outros itens que favoreçam a formação de pequenas poças).
  • Imóveis abandonados: se um imóvel vizinho ao seu está abandonado, sem cuidados, entre em contato com a SAAP, para acionarmos a Vigilância.
Veja também...