20 de agosto de 2020

Carteiro relata à SAAP condições de trabalho difíceis durante a pandemia e caminho até a normalização das entregas

Onde só vemos problemas com o envio e recebimento de cartas e encomendas, existem histórias humanas que podem nos ajudar a entender eventuais problemas com os serviços dos Correios. Uma série de mensagens que um carteiro enviou ao perfil da SAAP no Facebook nos permitiu justamente ver um pouco a vida das pessoas que estão por trás das entregas.

Em suas mensagens (apresentadas aqui com adaptações), o carteiro revelou, por exemplo, que os Correios estavam com equipe reduzida nos primeiros meses da pandemia: “Alguns são do grupo de risco ou vivem com pessoas que têm esse perfil. As crianças também estavam sem aulas ou creches”. Além disso, alguns carteiros também tiveram suas férias nesse período.

A situação ficou ainda mais complicada quando um funcionário foi diagnosticado com Covid-19. “Ficamos afastados do dia 26-06 a 08-07, quando fizemos os testes e cinco funcionários que deram positivo foram afastados.” No retorno, também houve prioridade para as entregas do Sedex (serviço rápido de entregas do correio).

Ainda ocorreu um grande aumento nas entregas durante a pandemia, tanto por causa das compras online quanto pela normalização do transporte das encomendas que vinham da China e que havia sido interrompido quando a pandemia começou por lá. Nesse último caso, produtos comprados durante semanas chegaram em poucos dias ao Brasil. “A situação ficou fora de controle”, escreveu o carteiro.

Ele ressalta que, por fim, “graças a deus e ao empenho de todos, estamos conseguindo normalizar as entregas”.

Como dissemos no começo, essas mensagens tornaram possível ver o que há de humano por trás de problemas que às vezes muito nos irritam. Então, uma última e boa notícia: “Os funcionários que atestaram positivo estão todos bem e trabalhando”.

Regularidade nas entregas

Apesar de relatos feitos por moradores sobre problemas com entregas de correspondências e encomendas, os Correios, em nota, disseram que elas “estão ocorrendo regularmente na região do Alto de Pinheiros, que é atendida por quatro centros de distribuição. Mesmo com o acréscimo considerável no volume de objetos postados, sobretudo aqueles oriundos do comércio eletrônico, o que demandou ainda mais a estatal, os Correios continuam trabalhando para funcionar com a capacidade máxima. Medidas cada vez mais exigentes de sanitização vêm sendo implementadas, tornando a operação mais segura. As agências seguem atendendo e as entregas ainda contam com eficácia superior a 90%”.

Na nota, a empresa ainda diz que “os Correios estão trabalhando para viabilizar, com segurança e de forma transparente, a continuidade de suas atividades, essenciais para atender a população nesse momento em que mais precisa”.