27 de setembro de 2021

Projeto-piloto da PM faz ronda com carro elétrico em Alto dos Pinheiros

A Polícia Militar de São Paulo lançou um projeto para testar patrulhamento urbano com veículos 100% elétricos. São três carros em avaliação, fazendo ronda durante 90 dias na área do 23º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, que abrange a 1ª Companhia (responsável pela segurança na região de Pinheiros, incluindo Alto dos Pinheiros) e a 2ª Companhia (responsável pela região do Itaim Bibi).

Os testes com os automóveis não poluentes começaram em setembro. Por 30 dias, as viaturas estão se dedicando à ronda escolar, que envolve sobretudo a segurança da comunidade do entorno de escolas estaduais. Nos outros 60 dias, elas passam para patrulhamento 24 horas por dia, atendendo ocorrências do 190.

As patrulhar são feitas por dois Nissan Leaf e um BYD e5. O comandante da 1ª Companhia, capitão Bruno Pettinato, explica que o BYD é exclusivo para a região de Pinheiros. Um Nissan permanece na região da 2ª Companhia. O outro fica com um tenente supervisor, rodando pelas duas áreas. Segundo a PM, a zona Oeste da capital foi escolhida por ter grande oferta de carregadores para carros elétricos.

Não houve custo para os cofres públicos, segundo a PM. As montadoras cederam os carros e fizeram as adaptações necessárias ao uso policial: colocaram adesivos de identificação, rádio transmissor, luzes sinalizadoras e sirenes. Para os automóveis darem conta desses equipamentos, receberam duas baterias (normalmente, rodam com uma só). Equipes de policiais passaram por treinamento sobre dirigibilidade e abastecimento dos veículos.

“Nos testes, vamos ver se esses modelos se adaptam às necessidades de uso da PM: quanto tempo demoram para carregar, quantos quilômetros andam depois de carregados, em qual horário é melhor carregar, se existem muitos pontos para isso, qual tipo de carregamento é o ideal…”, exemplifica Pettinato.

Cada companhia está preparando relatórios diários, e fará isso ao longo dos três meses. As informações serão analisadas pelo Centro de Motomecanização da PM, que vai preparar um documento final e submetê-lo ao governo estadual. Este avaliará se é viável usar esses carros também em outras secretarias.