Associação dos Amigos de Alto dos Pinheiros.

Cercada por alambrado, Praça Pôr do Sol vai fechar das 22h às 6h

Praça Pôr do Sol tem um lugar especial no coração de quem mora não só no Alto dos Pinheiros, mas da região metropolitana. Sinônimo de contemplação, tem uma das vistas mais lindas de São Paulo, a ponto de ser conhecida muito mais pelo seu nome popular do que pelo oficial (praça Coronel Custódio Fernandes Pinheiro). Infelizmente, esse atrativo convive com algumas dificuldades. São frequentes os casos de mau uso da praça – som alto ao longo da noite, lixo, uso e venda de bebidas alcoólicas e drogas, além de questões como pichações e estacionamentos em locais proibidos.

Desde 2014, a SAAP e a Associação dos Vizinhos da Praça do Pôr do Sol (Avisol, já extinta) dialogaram com o poder público para enfrentar esses problemas. Foram instaladas câmeras de vigilância, uma base para vigias (feita com recursos doados pelos moradores) e uma estrutura de iluminação melhor. A praça passou por revitalização em 2019, com os novos parquinhos e o cachorródromo.

Não foi suficiente. No início do ano, com a concordância da SAAP e dos moradores do entorno, a Prefeitura começou a cercar a praça com alambrado – e vai fechá-la durante o fim da noite e a madrugada, provavelmente entre 22h e 6h. A praça está cercada por tapumes desde 2020, a fim de reduzir aglomerações durante a pandemia.

A SAAP considera a medida necessária para preservar, cuidar e evitar a depredação do local, garantindo o bom uso e a segurança dos frequentadores. A Praça Pôr do Sol tem dimensões e movimentação de um parque – aliás ela chegou a ser um parque por dois anos, até 2017. Aos finais de semana, 10 mil pessoas se espalham por seus cerca de 30 mil metros quadrados. Por isso, não é surpresa que cercá-la e fechá-la durante a noite possa ser útil – tal qual acontece com alguns parques menores que ela, como o Buenos Aires (Higienópolis), o Mário Covas (na Paulista) e o Zilda Natel (no Sumaré). Convém lembrar que, durante a maior parte do tempo, a Pôr do Sol permanecerá aberta, livre para a entrada de qualquer visitante.

No início deste texto, listamos atrativos e problemas da praça. Todos os atrativos, inclusive a vista imperdível, continuarão à disposição da população. O que muda é que será mais fácil lidar com os problemas – e, assim, resolvê-los.