3 de julho de 2023

Reforma no sistema de câmeras da SAAP aprimora segurança no bairro

Vários pontos de Alto dos Pinheiros são monitorados por câmeras, graças a uma campanha de doação promovida anos atrás pela SAAP. Desde 2017, os equipamentos fotografam imagens da placa dos veículos que passam pelas principais saídas do bairro e monitoram alguns pontos mais vulneráveis, em conexão com sistemas públicos de segurança. Agora, essa estrutura está sendo renovada.

Veja mais detalhes abaixo.

Quantas câmeras da SAAP há no bairro?
Hoje são 40: 18 câmeras-radar (que fazem leitura de placas de veículos), 21 câmeras de ambiente (que filmam áreas específicas do bairro) e uma 360º (que fica na praça Pôr do Sol, mas será deslocada para outro ponto de Alto dos Pinheiros). Todas elas estão conectadas aos sistemas da Polícia Militar, da Guarda Civil Metropolitana e da Polícia Civil.

Quais mudanças estão sendo feitas nas câmeras que leem placas de veículos?
As antigas estão sendo substituídas por novas, que têm um sistema próprio para envio de informações à PM. Além disso, sua tecnologia mais sofisticada permite fazer buscas rápidas no histórico: é possível procurar, por exemplo, só carros brancos, só carros menores (hatch) ou só de um modelo específico. “Assim, se a polícia já tem alguma informação, os resultados são gerados de maneira mais ágil”, diz Eliton Breves, diretor da Segdboa Projeto, responsável pelo sistema de câmeras da SAAP.

E nas câmeras que filmam ambientes?
Elas estão com resolução maior. As primeiras instalações tinham resolução de 1 a 2 megapixels, que não gera imagens nítidas durante a noite, por exemplo. Agora, a maioria das câmeras tem resolução de até 4 megapixels. “É uma resolução mais adequada ao sistema da PM. Com imagens mais nítidas, é possível ver melhor as cores, os detalhes de capacetes ou de ocupantes dos veículos. Assim, a investigação da polícia fica melhor, mais embasada”, afirma Breves. Outra mudança nessas câmeras é que suas imagens passarão a ficar arquivadas por 30 dias, assim como as das câmeras-radar (antes, eram sete dias).

As instalações passam a ter rede própria de eletricidade e de internet. Por que isso é importante?
Essa é uma mudança importante, implantada em 70% das câmeras. Antes, todas elas eram ligadas a redes de residências– assim, sempre que acontecia um problema era preciso aguardar autorização do morador para fazer o reparo. “Com ponto de energia próprio, a manutenção fica mais rápida”, observa Breves. Com a internet compartilhada também havia desvantagens: o sistema das câmeras, ligado ao das residências, “disputava” tráfego de rede com os moradores, deixando a conexão mais lenta para os dois lados. Outras vezes os moradores alteravam a senha do roteador e esqueciam de avisar à SAAP, o que deixava as câmeras sem conexão. Agora, os equipamentos têm rede própria de internet.

O layout dos postes com câmeras também vai mudar. Por quê?
Algumas pessoas confundiam os postes com radar de velocidade. Agora, eles têm um layout diferente, que mostra o logotipo das instituições parceiras, como a PM – o que pode ser um fator de dissuasão para os ladrões. “O ladrão, ao verificar que se trata de uma câmera ligada diretamente ao sistema da polícia, vai pensar duas vezes antes de fazer alguma coisa errada”, diz Breves.