Quem utiliza com frequência a Linha 4 – Amarela do Metrô provavelmente já reparou, através das janelas dos trens, a movimentação de operários na futura Estação Fradique Coutinho. Para conferir o real estágio das obras, a Gazeta de Pinheiros e o Jornal do Butantã (Grupo 1 de Jornais) visitaram o local, que tem previsão de entrega até o final do próximo mês.

A Estação Fradique Coutinho compõe a segunda fase da Linha 4 – Amarela, que incluí também as paradas Vila Sônia, São Paulo-Morumbi, Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie. Esta etapa do ramal de metrô mais recente da cidade teve os trabalhos iniciados em março de 2012 pela empresa espanhola Isolux-Corsán, com um orçamento de R$ 1,8 bilhão.

Placa da Estação Fradique Coutinho prestes a ser colocada, no processo de finalização do local / Sandra Neiame – Grupo 1 de Jornais

Quando concluída, a Fradique Coutinho será a terceira estação no bairro de Pinheiros. No local, as atividades estão em estágio avançado e envolvem diversos serviços de acabamento como pintura, colocação de piso e testes de equipamentos, caso de escadas rolantes e catracas.Na visita da reportagem, acompanhada pelo Metrô, foi possível presenciar também a instalação dos sistemas elétricos e de ventilação. Uma placa com o nome da parada estava prestes a ser fixada nas plataformas. O ritmo de trabalho na estação é intenso, com grupos de funcionários por toda a parte – alguns deles haitianos, que decidiram recomeçar as suas vidas na capital paulista.

Assim como as demais estações da Linha 4 – Amarela, a Fradique Coutinho terá arquitetura caracterizada por cores claras, bilheterias blindadas, piso tátil, elevadores especiais e escadas rolantes “inteligentes”, que funcionam com velocidade reduzida quando não há usuários, de forma a economizar energia. O acabamento será realizado com cerâmicas esmaltadas, em tons areia, azul e avermelhada, com detalhes em aço inox.

A Estação Fradique Coutinho terá pouco com mais de 9 mil m² e demanda estimada de 14 mil passageiros por dia. A Estação poderá ser acessada em dois pontos: na esquina da rua homônima com a Rua dos Pinheiros e na calçada oposta da via, onde está o prédio operacional.

Vila Sônia

Além da Estação Fradique Coutinho, a reportagem também teve a oportunidade de verificar as ações no canteiro de obras da futura Estação Vila Sônia, a última do ramal, com previsão de entrega para o final de 2016. A parada é construída nas proximidades da Avenida Professor Francisco Morato com a Rua Heitor dos Prazeres.

Na área da Estação Vila Sônia funcionará também um terminal para ônibus intermunicipais. A estrutura do equipamento de transportes está em processo de instalação com as vigas principais já colocadas ao lado do pátio de trens da Linha 4 – Amarela.

Para acessarem o terminal, os ônibus de circulação sentido bairro-centro da Avenida Professor Francisco Morato passarão por um túnel subterrâneo para, em seguida, entrarem na área do terminal. Para os ônibus de circulação sentido centro-bairro da Francisco Morato, o acesso será direto.

O terminal será composto por três pavimentos, sendo os dois superiores destinados aos ônibus. No térreo estarão as plataformas de embarque do Metrô, com área calculada de 156 m², obra programada mediante a outra licitação já contemplada. Para o acesso dos trens à nova estação será necessária a construção de um trecho de túnel de 1,85 quilômetro, sendo 1,35 quilômetro de via dupla dos trens. A previsão do Metrô é que a demanda na Estação Vila Sônia atinja 55,7 mil usuários por dia, em média.

Outras estações

Nas estações São Paulo-Morumbi, Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie, a fase de obras civis está em etapa de conclusão, sendo que as duas últimas devem ser inauguradas até o final deste ano. Os serviços executados envolvem acabamentos civis e implantação de sistemas.

Quanto à São Paulo-Morumbi, na esquina das avenidas Francisco Morato e João Saad, o Metrô estima finalizar os trabalhos em 2015. A estação terá também dois acessos para passageiros.

Projetado nos anos 90, o ramal foi inaugurado em maio de 2010, com o trecho entre as paradas Paulista e Faria Lima. Os trens são fabricados na Coreia do Sul e circulam sem a necessidade de condutores, por meio de um sistema denominado driverless, que consiste no controle de rádio a partir de uma central no pátio da Vila Sônia.

O ramal que liga a zona oeste ao centro de São Paulo é o primeiro a ser operado pela iniciativa privada. A operação dos trens é de responsabilidade da concessionária ViaQuatro, do grupo CCR.

* Para manter um canal de comunicação aberto com a comunidade vizinha aos canteiros de obra das estações, a Central de Relacionamento (Avenida Rebouças, 1.089) da Isolux-Corsán disponibiliza os seguintes contatos para informações e eventuais dúvidas: 0800-770511 e comunicacao-linha4@isoluxcorsan.com.