Subprefeitura de Pinheiros tem menor orçamento em 3 anos
A Subprefeitura de Pinheiros, que cuida do nosso bairro e também do Itaim Bibi, do Jardim Paulista e de Pinheiros, terá menos verba em 2021 do que no ano passado – aliás, o orçamento será o menor em três anos, de acordo com dados do Portal da Transparência do município.
Para este ano, o órgão pode dispor de R$ 39,9 milhões. A proposta da Prefeitura era que fosse menos (R$ 34,4 milhões), mas os vereadores, por meio de emendas e mudanças no texto da Lei Orçamentária Anual, elevaram o montante. Ainda assim, a verba ficou 14% baixo do orçamento inicial da Subprefeitura em 2020 (R$ 46,4 milhões).
Esse é o recurso que a Subprefeitura está autorizada a desembolsar. Na prática, o valor muda ao longo do ano. Em geral, no decorrer dos 12 meses gasta-se menos do que o autorizado, seja porque há contingenciamento, seja porque alguns projetos ou serviços previstos não ficam prontos a tempo ou simplesmente não saem do papel. Em 2020, por exemplo, o orçamento inicial da Subsecretaria de Pinheiros era de R$ 46,35 milhões, mas foram de fato pagos R$ 39,6 milhões.
O que aconteceu com nossa Subprefeitura aconteceu com quase todas as outras. Embora, no geral, o orçamento da Prefeitura tenha aumentado um pouco de 2020 para 2021 (0,8%), a grande maioria das regionais perdeu recursos. Das 32 subprefeituras, as exceções são as de Sapopemba (2,2%), São Miguel Paulista (5,5%) e Parelheiros (51,4%).
O Portal da Transparência divide as despesas da Subprefeitura de Pinheiros em quatro áreas. Só uma teve acréscimo do ano passado para cá: Administração (alta de 39%), em que estão incluídos gastos com equipamentos e serviços de tecnologia. Em Cultura, as despesas foram praticamente zeradas (queda de 99%), mas essa é a área que consome menos recursos (foram cerca de R$ 100 mil em 2020). Em números absolutos, o recuo maior foi em Urbanismo (queda de 12%, o que representa R$ 4,74 milhões) e, em seguida, Saneamento (-33%, ou R$ 1,8 milhão).
A SAAP compreende que 2021 é um ano especialmente delicado para os cofres públicos e que as prioridades tiveram de ser repensadas desde o início da pandemia. Mas estará atenta para que os cortes deste ano não signifiquem a paralisação ou o adiamento de obras e serviços essenciais para o bairro.