15 de março de 2023

Grupos de Vizinhança Solidária: como tornar a comunicação mais eficaz

O programa Vizinhança Solidária, criado pela Polícia Militar e apoiado desde seu início pela SAAP, estimula a troca de informações entre moradores e agiliza o repasse de dados para a própria PM. A comunicação, portanto, tem papel crucial – por isso, precisa ser bem-feita.

Na reunião mais recente com tutores (moradores líderes do programa em suas ruas), esse foi um dos temas destacados pelo comandante da 1ª Companhia do 23º Batalhão da Polícia Militar, capitão Bruno Pettinato. No encontro, realizado no Colégio Santa Cruz em 15 de fevereiro, o capitão repassou algumas dicas importantes, sobretudo para grupos de WhatsApp do Vizinhança Solidária. Compilamos algumas delas e outras já veiculadas pela PM. Afinal, melhorar a comunicação entre os vizinhos sobre temas de segurança é uma forma de melhorar a própria segurança de Alto dos Pinheiros.

Manter o foco
Os grupos do Vizinhança Solidária são criados para trocar informações sobre segurança no bairro. Ponto. Mensagens diversas – bons-dias, piadas, memes, críticas políticas, notícias sobre outros temas – podem congestionar as conversas, fazer alguns moradores perderem o interesse e dificultar o trabalho do tutor de selecionar os tópicos mais relevantes. O ideal é usar o espaço para comunicar atitudes suspeitas, avisar sobre ausências temporárias (viagens, por exemplo) e informar ocorrências pouco habituais (um portão aberto, uma luz acesa em horário inusual, vazamento de gás, cheiro de queimado…).

Ser objetivo
Ao enviar uma mensagem, restrinja-se aos fatos. Mais importante do que suas impressões é informar com precisão horário e local e descrever brevemente o que viu. Sempre que possível, ao avisar sobre uma atitude suspeita, diga o que está acontecendo, em vez de apenas dizer “atitude suspeita”. Por exemplo: “Vi agora, às 14h30, dois homens andando pela calçada e olhando detidamente para vários carros. Fizeram isso na rua xxxx, altura do número xxxx. Um deles vestia camiseta branca e calça jeans, outro bermuda escura e camisa preta”. Disponibilize imagens (se houver e se for relevante).

Não espalhar boatos
Passe ou repasse informações apenas sobre fatos que testemunhou ou sobre os quais foi avisado por pessoa confiável. O rigor deve ser ainda maior quando envolver imagens, para ter certeza de que ninguém seja prejudicado por suspeita infundada.

Classificar as mensagens por tipo
Alguns grupos adotam essa estratégia, que pode ser útil. Antes de enviar a informação propriamente dita, o morador sinaliza do que se trata, por meio de hashtags. Por exemplo: #Alerta (quando o objetivo é avisar sobre atitudes suspeitas, por exemplo), #Aconteceu, #Ocorrência ou #ViAgora (para relatar ocorrência de crimes), #Dica (para repassar informações mais gerais, que podem ajudar outros moradores).

Ser relevante
Essa recomendação é, na verdade, um resumo das anteriores. Se as mensagens não forem relevantes, os moradores vão silenciar o grupo – e de que adiante um grupo de segurança silenciado?

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