8 de outubro de 2015

Em audiência, uso comercial e adensamento intensos recebem críticas

Durante audiência pública para discutir o projeto de lei sobre zoneamento (PL 275/2015) que tramita na Câmara dos Vereadores, habitantes e representantes de associações de moradores da área abrangida pela Subprefeitura de Pinheiros criticaram as propostas de adensamento de alguns trechos da região. Para as medidas que preveem mais comércio e serviços em ruas e avenidas, houve tanto reprovações como aplausos.20150331-002-SLIDER-Ateracoes-ZON-480x270A sessão, realizada no auditório da Faculdade Sumaré em 21 de setembro, foi concorrida. Muita gente ficou de fora – a SAAP, por exemplo, conseguiu colocar apenas um de seus representantes na sala. Diante do tumulto, foi realizada na noite de 5 de outubro outra audiência em auditório aberto – mas esta teve pouco público, possivelmente em decorrência do frio.

Um dos pontos vistos com ressalvas – sobretudo por moradores da Vila Madalena e do Sumarezinho – é o que permite construir prédios com quatro vezes a área do terreno em locais de forte declividade. O vereador Andrea Matarazzo (PSDB) fez coro às críticas, e disse que o adensamento – mesmo nos chamados eixos estruturante (próximos, por exemplo, de estações de metrô, terminais e corredores de ônibus) – pode levar o caos a regiões que não têm estrutura para absorver o aumento do fluxo de automóveis decorrente da proliferação de edifícios.

Além disso, vários dos presentes reclamaram de mudanças que ampliam as possibilidades de atividades de comercio e serviços tanto em vias onde hoje elas já existem quanto em corredores a serem implantados.

A SAAP já analisou o projeto, levou pedidos de alterações e já tratou delas em reunião com o relator do projeto,  vereador Paulo Frange, e com o vereador Ricardo Young.

Na audiência, a associação alertou que os artigos da lei em debate que dão forte incentivo à ampliação de edifícios hospitalares podem causar grande impacto – como o caso da instalação de um hospital estadual de trauma onde funcionava o Hospital Panamericano, localizado dentro de uma zona estritamente residencial. A entidade abordou ainda o caso da rua Macunis, onde há uma quadra que hoje é um corredor de serviço, mas que só terá uso residencial se o projeto de lei for aprovado como está.

Outra preocupação da SAAP são terrenos remembrados que têm frentes para ruas com zoneamentos diferentes, mas foram considerados como um só no novo mapa de zoneamento. Assim, lotes hoje localizados em zona estritamente residencial passaram a ser considerados parte do corredor de serviço.