12 de janeiro de 2013
Moradores do Alto de Pinheiros enfrentam Eletropaulo no STF
Folha de São Paulo, 12/01/2013
EDUARDO GERAQUE
DE SÃO PAULO
O embate jurídico entre moradores do Alto de Pinheiros (zona oeste de São Paulo) e a Eletropaulo por causa da rede de alta-tensão que atravessa o bairro chegou ao STF (Supremo Tribunal Federal).
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O STF promoverá em março uma audiência pública de três dias para discutir se as torres de alta-tensão causam ou não danos à saúde, como câncer, por exemplo.
Os moradores estão pagando a viagem de especialistas internacionais para defender a posição deles em Brasília.
O tema é polêmico. Especialistas dizem que não é possível afirmar de forma categórica que a radiação das torres de transmissão causam câncer. Mas também dizem que é preciso ter toda cautela e expor o mínimo possível os moradores. No exterior, há países que usam limites muito inferiores aos do Brasil.
A audiência foi convocada pelo ministro Dias Toffoli, que terá que decidir sobre um recurso da Eletropaulo. A empresa de energia perdeu a causa nas duas instâncias judiciais de São Paulo.
REDUÇÃO DE NÍVEIS
A ação da Associação de Amigos do Alto de Pinheiros e da Sociedade Amigos do Bairro City Boaçava contra a Eletropaulo existe desde 2001 e pede a redução do campo eletromagnético emitido pela linha de transmissão.
A ação começou quando a Eletropaulo tentou aumentar a voltagem da linha, nos anos 1990. Isso deixaria o campo eletromagnético mais intenso.
“As linhas passam a poucos metros das casas. Medições no meu quarto mostraram uma intensidade alta”, diz o morador e engenheiro Raymundo Medeiros, 76.
No caso específico discutido na Justiça, a rede de alta-tensão corta dois bairros, ou dezenas de quarteirões.
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