6 de maio de 2020

Mais de 38% da área de atuação da SAAP têm cobertura arbórea, aponta mapeamento

Qualquer um que passe pela área de atuação da SAAP percebe que se trata de uma região cheia de árvores. Pela primeira vez, é dada uma dimensão concreta a essa percepção. Um estudo mostrou que a cobertura arbórea ocupa 38,46% do território sob os cuidados da associação.

Encomendado pela SAAP, o mapeamento foi realizado pela arquiteta Mayumi Hirye e pelo cientista de dados Fabien Wagner utilizando imagens áreas realizadas em 2017 pela prefeitura de São Paulo.

O levantamento também indicou que 47% da cobertura arbórea da região estão em lotes privados. Já o sistema viário (ruas, canteiros, avenidas) corresponde a 41,7%; os outros 11,3% estão nas praças. Estas, por sua vez, têm 75% do total de seu território cobertos por árvores.

Os destaques positivos, com 100% de cobertura, são as praças Mucio Borges Fonseca e Norma G. Arruda, que está sob cuidados da SAAP desde 2016. Já dois dos espaços mais conhecidos do bairro ocuparam as últimas posições: a Pôr do Sol (34,42%) e a Pan-Americana (35,55%).

“O estudo é um marco zero para entender qual é afinal a situação do território da SAAP e dá pistas de onde é preciso avançar. Estamos, por exemplo, desenhando uma parceria com a prefeitura para doar mudas que substituam árvores que caiam”, afirma Márcia Kalvon Woods, presidente da associação.

Estudo anterior

Essa não foi a primeira vez que Mayumi e Wagner produziram estudo sobre árvores em Alto dos Pinheiros. Em 2019, eles publicaram um artigo, com dados de 2010, sobre a cobertura arbórea da Região Metropolitana de São Paulo.

Esse primeiro mapeamento mostrou que a área de atuação da SAAP tinha um índice de cobertura arbórea de 34,95% em seu território, maior, portanto, do que o do município de São Paulo, que era de 32,59%.

O resultado é também melhor do que aquele de todos os distritos sob responsabilidade da Subprefeitura de Pinheiros, que engloba o território da SAAP. O maior índice está em Alto dos Pinheiros, com 27,21%, seguido pelo Jardim Paulista (24,46%), Pinheiros (20,65%) e Itaim Bibi (12,47%).

Os autores dos estudos ressaltam, no entanto, que os dados de 2010 e de 2017 não são comparáveis. “Apesar de utilizarmos as mesmas técnicas, a resolução das imagens do segundo estudo são bem melhores do que a do primeiro”, explica Wagner.

Mayumi acrescenta que o estudo mais recente permitiu, por exemplo, “captar a presença de árvores menores, omitidas nas imagens de 2010, por causa da qualidade”.