16 de setembro de 2015
Dengue deve vir mais forte no verão; veja como se prevenir contra pragas
O calor no final de inverno já anuncia como serão os próximos meses. Os dias mais longos e quentes não trazem apenas as delícias da primavera e do verão. Junto, chega uma série de pragas. A mais temida é o Aedes aegypti, transmissor da dengue, que agiu mesmo nos meses frios em alguns municípios paulistas e deve voltar com mais força quando a temperatura e a chuva aumentarem.
O melhor, como diz o ditado, é prevenir. “A prevenção é focada nos quatros ‘As’: alimentos, água, abrigo e acesso”, afirma o biólogo Gladyston Costa, do Centro de Controle de Zoonoses da Prefeitura de São Paulo.
Dados da Secretaria Estadual da Saúde mostram que 206 das 645 cidades paulistas registraram casos de dengue em julho. Sete estão em situação de risco por causa da presença do vetor e outras 86, em condição de alerta. Os números elevam a preocupação com o que pode acontecer nos próximos meses, geralmente mais chuvosos.
“A água aumenta a possibilidade de proliferação do mosquito da dengue, e o ideal é cobrir ou jogar fora qualquer recipiente que acumule líquido. Cuidado especial deve ser tomado com calhas entupidas”, recomenda Costa. O Aedes só se prolifera em água limpa, mas outros insetos se reproduzem na suja, por isso, o biólogo recomenda cuidado redobrado com qualquer acúmulo de água.
Restos de lixo são problema por representarem outro “A”, o de alimentos. Favorecem a proliferação de pragas como baratas e ratos. “Armazene os restos em recipientes fechados e mantenha a casa, principalmente bancadas e pias, bem limpas”, diz Costa.
Para combater os outros “A”, de acesso e abrigo, o técnico sugere eliminar furos em forros de telhados, rachaduras de paredes e mato alto. “São locais que as pragas escolhem para fazer ninhos.”
As ações preventivas, destaca ele, são fundamentais mesmo em imóveis dedetizados. “As pessoas acham que o tratamento químico é a principal medida, mas, sem o manejo ambiental, é como enxugar gelo: as pragas voltam”, diz Costa, que ainda afirma que a dedetização deve ser sempre o último recurso.
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