25 de agosto de 2012
História do Alto dos Pinheiros
Até 1770 as terras do Alto dos Pinheiros pertenciam aos jesuítas. Em 1850, após a expulsão dos jesuítas, as terras foram leiloadas e divididas em chácaras do Barão, Freguesia da Bela Vista, Chácara Boa Vista, Água Branca, Bela Veneza e Sítio do Buraco.
Diferentemente de outras regiões da cidade o desenvolvimento da região sudoeste de São Paulo foi planejado e esteve ligado ao loteamento dos bairros-jardim segundo modelo inglês, introduzido na primeira década do século XX pela Companhia City of São Paulo Improvements and Freehold Land Companhy Ltd. – Companhia City, que passou a atuar na capital em março de 1912.
Nos bairros-jardim do Pacaembu, Jardim América e Alto da Lapa, a City adotou modernos conceitos urbanísticos — uso exclusivamente residencial unifamiliar, ruas sinuosas adaptadas à topografia, grandes lotes, recuos obrigatórios, arborização e ajardinamento de áreas livres bem como normas para execução de passeios. Grande parte das terras adquiridas pela Cia City, entre elas o Alto dos Pinheiros, eram fundos de vale e estavam desocupadas devido às enchentes periódicas dos rios.
No Alto dos Pinheiros, a City adotou a mesma concepção dos loteamentos anteriores, caracterizada pelo dimensionamento generoso das vias, canteiros centrais, calçadas, terrenos e inúmeras praças.
O primeiro arruamento data de 1926, na gleba que correspondia à Chácara do Barão e parte do Sítio do Buraco, próxima às atuais Av. Prof. Frederico Hermann Jr e à Av. Pedroso de Morais. A implementação do bairro foi gradativa e sua expansão só ocorreu após a década de 40, quando foi canalizado o Rio Pinheiros, por acordo entre a City, a Light & Power e a Municipalidade.
Até 1976 a City manteve a fiscalização para a conservação das normas aplicadas na área. Estabelecida a lei de Zoneamento, a City não mais exerceu este papel e a função foi assimilada pelos moradores conscientes da importância do espaço urbano que habitam.
Alto dos Pinheiros dos sonhos: entrevista com o arquiteto Paulo Bastos
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