12 de novembro de 2013

Menos velocidade, mais vida na Vila Madalena

Gazeta de Pinheiros, 08/11/2013

Para evitar acidentes, moradores querem respeito ao limite de velocidade no bairro

 Moradores espalham cartazes pelas ruas da Vila Madalena para reduzir acidentes / divulgação

Moradores espalham cartazes pelas ruas da Vila Madalena para reduzir acidentes / divulgação

 

A alta velocidade no trânsito está diretamente associada ao índice de mortes em acidentes. Uma das zonas mais movimentadas da cidade, a Vila Madalena também possui vias estreitas. Além disso, as milhares de pessoas que escolhem o bairro como destino para suas festas no fim de semana ainda tomam calçadas e, muitas vezes, trechos das ruas.Pensando nisso, um grupo de moradores vem desenvolvendo a ideia de conscientizar motoristas a respeitar o limite de velocidade nas vias do bairro, que também serve de acesso a inúmeras partes da cidade para 30 km/h. Eles se baseiam em um conceito chamado “Traffic Calming” e batizaram o movimento de “Vila a 30”, por meio da distribuição de panfletos e cartazes fixados em postes.O produtor audiovisual Eduardo Abramovay comenta que não se trata apenas de “dirigir devagar”. Segundo ele, “é se dar conta que dirigir com calma, sem voracidade, sem fazer da rua uma arena de competição, traz benefícios para a mente e para o corpo”. A medida ainda não conta com o apoio do empresariado local, mas Abramovay comenta que conversas já foram iniciadas.

O centro de São Paulo, recentemente, teve a velocidade máxima para veículos diminuída para 40Km/h. Segundo a Prefeitura de São Paulo, “a medida busca melhorar a segurança dos usuários mais vulneráveis do sistema viário, pedestres e ciclistas, buscando a convivência pacífica e a redução de acidentes e atropelamentos na área”.

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informa que, “no momento, o bairro da Vila Madalena está incluído no grupo de locais onde há um estudo para implantar a padronização de velocidade nos moldes similares a que foi feita no centro da cidade”.

Saiba mais sobre o movimento em sua página no Facebook.

Rodrigo Vianna