13 de janeiro de 2017
Indignados com infestação de mosquitos, moradores de Pinheiros recolhem oito mil assinaturas para cobrar prefeitura
Os mosquitos são indesejáveis efeitos colaterais do verão. A infestação desses insetos é ainda mais acentuada nas regiões localizadas à beira de rios ou com muitas áreas verdes, como Pinheiros. Para cobrar uma resposta da prefeitura sobre a situação, moradores do bairro fizeram uma petição e conseguiram recolher mais de 8 mil assinaturas.
Segundo o texto do documento, há alguns anos, o poder público deixou de fazer a dedetização das margens do rio Pinheiros e de cemitérios, como o São Paulo, o que teria agravado o problema no atual verão.
O abaixo-assinado também relata que reclamações ao Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo (CCZ), responsável por conter pragas como mosquitos, não vinha tendo retorno.
A nova administração municipal, que assumiu no começo de 2017, resolveu fazer uma ação emergencial no dia 12 de janeiro em resposta às reclamações dos moradores de Pinheiros. Uma força-tarefa com 80 agentes de saúde e 11 agentes de Prefeituras Regionais (antigas subprefeituras) espalharam larvicida — para acabar com criadouros — e inseticidas em trechos das margens do rio.
Segundo o parasitologista Paulo Ribolla, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) ouvido pelo jornal Folha de S.Paulo, a ação deve dar resultado em 15 dias.
Cabe ressaltar que os moradores também têm seu papel no controle da proliferação de mosquitos. Medidas simples ajudam a combater os criadouros, como a limpeza de calhas, a retirada de água dos pratos dos vasos de plantas e o fechamento de caixas d´água.
Mesmo aqueles que não moram no bairro têm responsabilidades. Proprietários de casas vazias que estão à venda ou para locar devem fazer vistorias permanentes para combater os criadouros, principalmente naquelas em que há piscinas.
O temido Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika vírus e a febre chikungunya, figura entre as espécies que se beneficiam do acúmulo de água para se reproduzir. Diante do potencial risco à saúde pública, o engajamento na guerra contra o mosquito é um dever de todos.
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