24 de abril de 2014

Mão na Massa! Praças da Vila Madalena são transformadas pela comunidade

Comentário da SAAP: No caso de Alto de Pinheiros, a praça Província de Saitama foi transformada e está sendo mantida por moradores do entorno.

Vila Mundo, 23/04/2014

Há um movimento comunitário crescendo na Vila Madalena que expressa a vontade dos moradores e frequentadores do bairro em transformar os espaços públicos em locais de convivência, lazer e criação. Trabalhar de forma colaborativa para viabilizar essas propostas tem sido uma saída cada vez mais recorrente em grandes metrópoles como São Paulo.

Na Vila Madalena, pessoas e instituições estão usando recursos disponíveis e colocando a mão na massa para modificar algumas praças. O VilaMundo selecionou algumas experiências que sintetizam essa ocupação. Confira!

Praça Eder Sader

A reforma mais recente aconteceu na Praça Éder Sáder. Foi usada a metodologia do Jogo Oasis, na qual se reúnem os talentos de uma comunidade para descobrir um sonho coletivo e dar início aos trabalhos. A metodologia foi desenvolvida pelo Instituto Elos Brasil e chegou na Vila Madalena fruto de uma parceria entre os criadores e o GVT.

Praça do Beco – Niggaz da Hora

Desde o fim de 2013, a Praça da rua Belmiro Braga começou a ser repensada pela comunidade. Profissionais que trabalham no entorno e ativistas da área da cultura e do esporte – que costumam utilizar o local para eventos e ações –  debateram o que poderia ser feito para garantir a sustentabilidade e a diversidade de usos do espaço.

Após as discussões, a comunidade se envolveu em um grande mutirão de reformas no dia 29 de março. O novo nome da praça também foi uma construção coletiva. Uma eleição online decidiu por chamá-la de “Praça do Beco Niggaz da Hora”.

Praça das corujas

ProjetoCoruja começou no início de 2013 com o propósito de buscar e cocriar novos usos para o Parque Linear das Corujas. Após 6 meses de encontros e oficinas com a vizinhança, chegou-se a um projeto contemplando: pomar, bicicletário, sinalização, iluminação, galeria de arte de rua e conexão entre as praças.

O projeto foi exposto na X Bienal de Arquitetura.  A Praça também abriga uma horta mantida pelos moradores com apoio da subprefeitura desde 2012.

Praça das Tartarugas

O Movimento Mouramos, formado por comerciantes e moradores da Rua Mourato Coelho, realizou em julho do ano passado uma pesquisa para colher sugestões de melhorias para o espaço. Com base nos desejos levantados, surgiu a ideia de aproveitar uma área ociosa delimitada por blocos de concreto — aqueles geralmente usados para cercar rotatórias ou bifurcações – para criar a Praça das Tartarugas, projeto piloto que instalou bancos e tapetes de borracha para torná-la  mais confortável.

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