21 de setembro de 2016

Nem metade dos moradores adota ações de vigilância solidária; campanha vai estimular engajamento

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Uma pesquisa da SAAP mostrou que menos da metade dos moradores de Alto dos Pinheiros segue ações de prevenção consideradas fundamentais pela Polícia Militar. São atitudes que estimulam a criação de redes de vigilância para que as pessoas alertem umas às outras em caso de atividades suspeitas ou da circulação de indivíduos estranhos.

A sondagem, respondida por 87 pessoas, apontou que apenas 14% participam de grupos de WhatsApp de residentes em uma mesma rua e 40% têm o telefone dos vizinhos de muro ou da frente.

A baixa participação vai em sentido oposto ao que prevê a iniciativa vizinhança solidária, idealizada pela PM em 2009, depois de ser procurada por um grupo de síndicos de prédios no Itaim Bibi. A ideia do programa é promover reuniões periódicas entre vizinhos, com participação de representantes da polícia, para discutir ações de segurança.

Os resultados indicam, porém, que há muita oportunidade para o crescimento do projeto em Alto dos Pinheiros. A maioria dos entrevistados (72%) disse que gostaria de participar do programa, incluindo 10% que participariam com ressalvas. Apenas 27% disseram não querer fazer parte. Além disso, a insegurança é preocupação de quase 50% dos moradores, que disserem se sentir pouco seguros (36%) ou inseguros (12%).

Para estimular a participação, a SAAP decidiu doar placas  que identifiquem as residências dos associados que se engajarem no programa. Afinal, como diz um morador que compartilhou seu depoimento na pesquisa da SAAP, “criei esse grupo na minha rua e foi muito bacana. Todos sentiram melhora na sensação de segurança e se mobilizaram para fazer um monitoramento conjunto com câmeras na rua”.

Ao formar um grupo, deve-se contatar a 1ª Companhia do 23º Batalhão da Polícia Militar, responsável pelo policiamento de nossa região, para que ela possa enviar representantes às reuniões dos moradores.

A iniciativa faz parte de uma ação mais ampla da SAAP, que desde abril faz reuniões entre a PM e residentes de Alto dos Pinheiros com o objetivo de discutir a segurança da região, propor ações e ouvir da própria comunidade o que ela pensa sobre o assunto.

O que já ficou claro, em todo esse processo, é que a melhor maneira de combater o problema é a participação de todos na prevenção.